Calma, ainda tem o carnaval.
Chuvas fortes, pessoas bêbadas.
Durante esta época é bem comum aqueles proprietários de barcos – abandonados nas marinas durante o ano inteiro – embarcarem em suas máquinas ferozes e navegarem pelos rios, represas e lagos como se fossem descendentes diretos de Sir Ernest Henry Shackleton. Passando por cima dos pesqueiros com o motor aberto. Aqueles pesqueiros cuidadosamente e estrategicamente pensados no horário certo da maré. Mas é chegar no ponto e ouvir a porcaria do motor Yamaha 40hp de 2003 que nunca foi trocado uma vela zunir entre os mangues e aparecer na curva. Dá um desgosto sem igual.
Somando a isso tem os motoristas bêbados e o perigo do barco na carreta.
Por isso eu fico em casa, atando, lendo, ouvindo jazz, lendo as baboseiras dos pescadores de internet e rindo.
Isso foi sempre assim, e sempre será. Tão previsível quanto a aparição do Roberto Carlos no natal.
Uma pena as tragédias naturais como a chuva que alagou Guaraqueçaba este final de semana, um lugar paradisíaco com muitos robalos e natureza exuberante. Outro forte influenciador para a atitude “daqui ninguém me tira”, o clima.
Saber se retirar do rio é tão importante quanto saber ler os sinais que o tempo está passando e interpreta-los para aproveitar os dias pescando e não se estressando.