Loop é o arco que a linha faz para cortar o vento, carregar o líder que puxa a isca, virar o líder e colocar a isca no lugar que se deseja.
Só isso. Ou seja, se o arremesso é o princípio # 1 do fly fishing (não vou mais escrever pesca com mosca por acho esta tradução errada, mosca fica na merda, no cadáver, INSETOS seria a tradução correta – PESCA COM INSETOS). Se o # 1 é o arremesso, o # 1 do # 1 é o LOOP.
Para fazer o LOOP a vara precisa estar com a mola carregada como lemos anteriormente, e então é necessário parar a vara. A inércia da linha que vem vindo com a vara……. acompanhando a vara, então a vara pára e a linha sai em disparada berrando:
cacete! cadê a vara!? aaaaaahhhhhhhh
Imagine aquelas cenas de filme que o cara vai dirigindo pela estrada deserta e escura e dá carona a um estranho com cara de louco.
Começam a conversar bla bla bla o maluco tira uma arma do bolso.
Então nosso herói mané percebe que o maluco está sem cinto.
Ele acelera fundo, o maluco se desespera e colidem contra uma árvore.
O herói mané está salvo e o maluco sai voando pelo para brisas.
Só isso que precisa saber sobre PARAR A VARA. Se não parar a vara acelerada não há loop. Sem loop não há arremesso.
NÃO ADIANTA COMPRAR LINHA PESADA, LINHA ISSO LINHA AQUILO, VARA ISSO, VARA AQUILO PARA TENTAR MASCARAR A FALTA DE ACELERAÇÃO (próximo capítulo) E PARADA DE VARA! NÃO TEM MILAGRE! É FÍSICA!
Veja o loop que o Göran Andersson faz com uma vara de duas mãos. Isso é no nível de arte. Voltando um pouco é ação inconsciente anteriormente comentada neste blog.
O LOOP é uma coisa contínua, como começa é como termina, se errou no começo o fim será ruim, se acertou o fim é certo, a isca cai aonde se desejar.
Oi Thiago, concordo com você sobre não traduzir fly fishing e diversas outras coisas.
Parabéns pelo artigo, vc deu leveza e um certo humor para explicar.
A Rio Outbound é uma linha sobrepesada, que mascara as deficiências técnicas de arremesso, fazendo com que o pescador consiga arremessos mais longos. O custo disso é a força excessiva para carregar essa linha. No final do dia, o pulso, o antebraço, cotovelo e até ombro vão reclamar.
Conforme a habilidade do pescador melhora ao longo do tempo, ele começa a perceber que a Outbound é excessivamente pesada e começa a buscar linhas mais leves, dentro da categoria da vara, com perfis específicas para cada tipo de peixe e mosca utilizada.
É o aconteceu comigo. Saí de Rio Outbound para SA Tucunaré.
Já fiz o teste arremessando uma isca volumosa com a Outbound, troco a carretilha para uma que use a linha SA Tucunaré, e fiz um cast que foi até mais longe e com metade do esforço…
Quanto mais força vc faz, menos controle vc tem…
Qual o segredo?
– Aceleração correta. Como é dificil ensinar pro braço que tem que começar lento, acelerando e parar bruscamente, para que toda energia seja descarregada formando um loop fechado e com muita energia.