é isso que seria um verdadeiro Bass Master.

Lembro como se fosse ontem, por que hoje já não lembro mais nada. O lago que pescava black bass era uma represa e o muro de contenção pintado de branco acabava no ponto da cerca cortada que dava acesso. Ali o barranco era alto e haviam fios de luz que alimentava o foco do casebre no outro lado da represa. Pescar por todo a extensão do concreto era uma rotina de final de semana, o local era o mais fundo e sempre imaginava os puta black que deveriam caçar por ali. Mas eu nunca tinha visto nenhum peixe naquele ponto.

Depois de bater todos os clássicos, trapiche abandonado, matinho que avançava dentro da água, baixio com toras, e não ter tido nenhuma ação, fiquei esperando meu pai – que havia ido à cidade próxima comprar álcool e pão para o churrasco de mais a noite – sentei no muro branco e fiquei lançando a linha o mais longe possível, o mais, longe, possível!

Distante na estrada de chão vi as lanternas do carro, minha carona. Inverti o arremesso para paralelo ao concreto, o diver de deer hair, um sapinho caiu e fez plóc, e não deu 5 segundos da isca parada o maior black bass que já vi na vida até agora subiu e deu uma porrada tão forte quanto se o poste de luz tivesse caído dentro da água e eletrocutado todos os meus nervos em um choque de 1 milhão de volts!

O black afundou e foi indo e foi indo e a carretilha Abel TR3 cantando e cantando e o bicho foi indo para o fundo e mais fundo e puta merda que que é isso! As lanternas do carro cada vez mais perto o black cada vez mais longe, e eu ali no meio.

Até que, a linha frouxou. Gelei.

Depois dessa situação, nunca mais vi outro black bass naquele muro branco.

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