Vint Age.

Abriu no shopping uma loja de coisas vintage.
 Talvez inspirados pelos programas do History Channel, no qual os sujeitos buscam pelos EUA coisas antigas de valor, em bom estado, para revender em sua tenda.

Só que, os idealizadores da loja do shopping não se ligaram que para ser vintage tem que ser antigo, e encheram as prateleiras com bugigangas que tem só o visual retrô. Anúncios da coca cola que brilham a tinta fresca, nada a ver com os antigos anúncios de placas de madeira que viram muita coisa nessa vida.

Navegando pelo rio último domingo, bati numa placa que deveria ser do nome de alguma embarcação. Muito bonita, escrito a mão o nome do barco (esqueci), só que estava fedida demais para guardar, algum biguá deve ter vomitado sua ressaca em cima. Aquilo sim é vintage. 

 Uma fly shop não é um entulhado de coisas “made in china” sem personalidade, sem appeal, sem feeling, sem vida, sem história e sem conhecimento. 


O fly se diferencia por exigir isso, história, base, valor intrínseco não tangível à mão.
Aliás, se alguém tiver um remo ou um machado grande, vintage que queira vender, estou procurando para pendurar no escritório.

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