Nesta viagem visitei a fábrica da Scott e o “QG” da Hardy EUA. Foi muito interessante por que as duas marcas tem filosofias antagôonicas no processo manufatureiro, de design e de marketing de seus produtos.
A primeira foi a Hardy, em Lancaster, PA.
Ao chegar fui recebido por um atendente – esqueci o nome dele – muito cordial mostrou aonde fica o galpão com os produtos e depois fomos para o jardim em frente para arremessar com os caniços.
Testei a série da GREYS, a marca de preço mais acessível, que é mais popular na Europa que qualquer outra marca ! Se me lembro bem o volume da Greys supera todas as outras juntas.
Fiquei muito bem surpreendido pelo agradável casting das varas Greys. Se for para resumir numa palavra, são varas “divertidas”.
FSB já deixou o pedido de algumas dúzias destas varas e também das carretilhas Greys – tem um modelo large arbor por U$70 ! (preço nos EUA). Inclusive FSB também pode revender para outras lojas de pesca os produtos Greys e Hardy, se você souber de alguma loja de material de pesca que procura ter fly em suas estantes… o objetivo é a popularização da pesca com mosca pelo fácil acesso a material.
Depois destas me trouxeram as Hardy. É bem diferente. Muito interessante a explicação da tecnologia Syntrix, das esferas que se embrenham na malha das fibras de carbono dando mais resistência e leveza (lembre-se desta afirmação para mais tarde).
As PROAXIS (água salgada) são parrudas, bem estilo água salgada, de resistência incomum. Elas arremessam tanto bem perto como longe, e precisão perfeita. São rápidas mas precisam ser carregadas no back cast, deixar a linha ir para puxar pra frente, isso melhora muito a performance da vara. Um pouco difíceis de domar.
As Zenith – água doce – são mais delicadas. Ambas são varas vivas que apesar de eu forçar a barra no double haul tosco fazendo-a vergar até o butt, elas retornam a posição um pouco depois da vara passar pela orelha. São leves no sentimento que passam, parecem flutuar na mão.
O preço de ambas é abaixo da maioria das varas top – por que são feitas na Korea – e a garantia é a reposição da parte quebrada por uma “idêntica”, o sujeito simplesmente pega uma parte nova na estante e manda pra cá, não precisa nem mandar a parte quebrada pra lá, o custo é 10% da vara + transporte e outras taxas.
O acabamento é bem feito e tem número de série.
Gostei mais da Zenith do que da Proaxis.
Se fosse comprar 2 para nossa realidade Brasilis seria uma Greys # 6 8’6″ 4 partes e uma Zenith # 7 9’6″.