dia um LR fevereiro.



8 da manhã após o “café” o guia chega e vamos para a lancha.




Em pouco tempo estamos navegando suavemente paralelo a um drop off de mariscos que desembocam de um flat gigante.
Como a maré estava alta os permits poderiam nadar pelo flat e comer.
Em poucos minutos avistamos rabos grandes negros para fora da água. Emoção total. Descemos e caminhamos em direção. Neste momento passa uma lancha que produz ondas e espanta os peixes.
Andamos mais um tanto e reaparecem na nossa frente.



O tipo de barco que se usa em LR é o pior para pescaria em flat que é basicamente visual. Tem que desembarcar e caminhar com a água na altura do umbigo e não se enxerga os movimentos de um peixe deste e tem que torcer para que ele demonstre o que está fazendo pelo movimento do rabo. Se alguém levar um Hell´s Bay para este lugar vai pegar em quantidade muito maior.




Depois de 45 minutos andando, voltamos para a lancha, subimos abordo e neste momento aparece na nossa frente um permit de uns 4 kg, do alto pude enxergar seus movimentos embaixo da água, a maneira como observou a isca passar em sua frente, sua curiosidade e apreensão. Ele refugou a isca. Mas aprendi uma lição de enorme valor. O Permit, é apenas um peixe. Tirei a ideia que plantam que se trata de um monstro de 7 cabeças matador de pescadores que vai arrancar suas tripas e jogar para as barracudas. É apenas um peixe. Sua dificuldade está na raridade de suas aparições e na complexidade do ambiente que vive, além da impossibilidade de prever suas reações. Mas estando com a mente em jogo aberto sem medo a coisa muda completamente. Um arremesso sem estar tremendo é um arremesso digno de chance.



Avistamos mais alguns peixes, alguns gigantescos com mais de 15 kg cada, muito longe para arremessar e se chegar perto andando eles saem nadando. A maré não ajudava mais.


Depois da pausa do almoço, tarpons em lagoas. Um belíssimo exemplar pegou na Flashtail preta e  passando por baixo do barco saiu literalmente voando do outro lado para cair dentro do mangue. Usando a Hardy Proaxis # 9 puxei com toda a força pelo butt igual o vídeo do Andy Mill e os tubarões e a vara torceu bonito de ver. Quem estourou foi o tippet. Vara porreta, se fosse alguma outra teria explodido no blank na hora. Foi muita pressão diretamente aplicada.


Então nas últimas horas do dia com a maré já abaixada totalmente caminhamos pelo flat para pescar bonefish. Carangueijinhos verde oliva anzol 8, líder 12 pés 10 libras. 
-Veja a 18 metros um par indo para esquerda.
-Vi.
(arremesso)



Sage One # 8 precisa no arremesso longo. Isca na cara. Backing pra fora da vara em poucos segundos.
Alguns exemplares na mão.
Quando o peixe aparecia perto – menos de 7 metros – a vara não cooperava, não carrega perto. E perdemos algumas chances.


E o dia terminou com um banho gelado no banheiro sem água quente da “posada”.


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