Poema do Atado do Pescador Moderno.

Silêncio silêncio, calmaria nem o vento nas árvores.
Sentado em frente ao computador, nenhum email chega.
Telefones quietos.
A rua vazia.
Bom, posso atar umas iscas, pensei.

Ajusto a cadeira,
acendo a luz;
Escolho um anzol e fixo-o à morsa.
Ligo o som, Mozart.

Cinco voltas de fio no anzol.
Já visualizo uma anchovy red head.
Maravilha! Essa vai pegar bem.

Escolho as fibras, as alinho e 
ao prende-las no anzol….

O TELEFONE TOCA!
A CAMPAINHA BERRA!
O CELULAR COMEÇA A VIBRAR!
EMAIL QUE CHEGA!

E a minha isca, 
fica parada semi existente
em cima da mesa
dissecada.


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