a visita mais triste a Bass Pro Shops.

Nosso avô Haroldo, o Nonno, faleceu fazem 2 meses – nossa já! – sempre que viajava eu mandava um cartão postal para ele e para vó pelo correio, ou quando tinha loja de pesca comprava um anzol ou uma bóia, linha, uma faca, boné, etc pra ele de lembrança.

Semana passada em Orlando estávamos procurando um daqueles malditos outlets de bugigangas quando passamos em frente da Bass Pro, entrei.

Foi a visita mais triste. Não tinha que comprar um presente para o Nonno. Uma visita vazia ao paraíso.

Aproveitar a vida pessoal.

O Nonno gostava de assistir Westerns na sessão Corujão da Rede Globo nos anos 80. Lembro da cena de quando ia dormir na casa dele, tarde da noite, silêncio total na casa e na rua, o sereno passando pelas lâmpadas amarelas na rua, e o Nonno sentado na sala de perna cruzada com uma mantinha fina o cobrindo, quieto tomando um café preto num copo de vidro âmbar. Não se fazem mais filmes, nem avôs como antigamente.

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6 Comments

  • Fez – me lembrar das histórias que meu avô contava de suas pescarias no Pantanal e Cananéia, que alimentaram minha imaginação, muito me estimularam a pescar, e continuam a me impulsionar para as pescarias…

  • Mas o sentimento e alegria que ficaram do convívio e aprendizado com os Avós, ficam prá sempre, a fazem parte do que somos e fazemos…só saudade boa!!!!
    Um enorme “Viva” pros nossos Velhinhos.

  • História bonita, perdi meus 2 avôs já se vai um tempo, um deles e último a partir, avô por parte do meu pai, era pescador também, fanático, adorava pescar Curimbatá na lambada no rio Sorocaba, uma paciência inacreditável, quem pode aproveite a companhia do velho, quando eles se vão fazem uma falta danada demais.

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