o IIº dia do Simpósio começou com uma palestra sobre o pesque e solte. 
Basicamente tudo que fazemos é errado. 
Vemos o peixe sair nadando bonito, mas 30 minutos depois ele acaba na barriga de um tubarão. Isso para o bonefish. Foram mostrados uma enormidade de gráficos e a grande conclusão e as lições são:
– Um segudo com o peixe fora da água diminui exponencialmente a chance de sobreviver após ser solto.
– Mão humana não combina com pele de peixe.
– Ferramentas para pendurar/pesar peixe são equiparentes a ferramentas de tortura medievais. Você já viu fotos de pescadores com boga grips transpassados pela boca do peixe ? É o mesmo que um juíz da Inquisição mandar passar um parafuso enferrujado pela sua mandíbula ! Ou puxar a balança na direção contrária da mandíbula para forçar a abertura da boca do animal. Não precisa ser muito inteligente para ver que isso faz mal ao peixe – e este tipo de atitude é muito comum, só visitar fóruns de pesca e ver relatos. Uma grosseria sem tamanho. 

– Para tirar foto do peixe mantenha-o dentro da água até que a câmera esteja pronta, então em menos de 3 segundos levante-o tirem a foto e imediatamente devolva o animal para a água. Veja que nas suas fotos o peixe deve estar na horizontal e pingando água.

– Não levante peixe grande pela mandíbula, os órgãos internos sofrem extrema pressão neste caso e podem causar danos sérios ao animal.

– Mantenha sua mão suja longe das guelras.


Tudo bem, mas as pessoas fazem o que estão vendo nas revistas, nas propagandas, etc. Sim ! E você irá perceber que daqui uns anos não mais existirão estas fotos – de peixe seco na mão do pescador, levantado por um bicheiro pela mandíbula, fora da água por minutos e minutos.. – isso acabará. Estes cientistas estão intimando os anunciantes a escolher muito melhor suas fotos, por que são estas fotos que o pescador copia. 

É um trabalho longo, mas já começou. Não adianta soltar um peixe que ficou 3, 4 minutos fora da água, ou que o sujeito faz carinho com a mão seca e cheia de bactérias, que chega a dar beijo no bicho… não sejamos bobos de imaginar que o robalinho que cai de cabeça na lata quente do barco e fica se debatendo em cima do tanque de combustível sobreviverá. Em pouco tempo ele morre.

Os estudos foram feitos no bonefish, porém – acredito que pelo bom senso – estas atitudes podem ser aplicadas aos outros peixes.

Depois fui almoçar e passei na West Marine para comprar um barquinho. 

ADDENDUN
Achei este vídeo do cientista

Danylchuk, Andy J.

que deu a palestra
http://eco.umass.edu/people/faculty/danylchuk-andy-j/
http://forum-network.org/lecture/catch-and-release-recreational-fisheries

Enviei email para ele pedindo mais informações detalhadas que serão traduzidas e postadas aqui.

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